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A minha vida dava uma série...

(qualquer semelhança com outras realidades, é pura coincidência!)



Sexta-feira, 19.06.15

3 meses de Diogo

Nasceste e viraste o meu mundo de pernas para o ar.

O que pensei não ser tão fácil, foi pior ainda.

De dia pouco ou nada dormias e choravas a toda a hora, quando te vestia ou despia, quando te dava banho, quando te dava maminha, quando te punha a arrotar, quando te mudava a fralda, quando te pegava ao colo, quando te deixava sozinho...enfim, o dia todo!

Como peixe de signo, mostraste ser um exemplar perfeito, sensível como tudo! Mais parecias um peixe fora de água!

Saías à rua e dormias, todos se encantavam contigo..."que lindo bebé, tão sossegadinho" diziam...e eu exausta, queixava-me de ti, porque em casa não eras assim.
Eu mudava-te a fralda, dava-te colo, cantarolava, embalava-te...fazia de tudo, mas de nada servia, choravas sem parar.

Ainda pensei que estivesses doente...só podia! Mas não...felizmente! 

Os dias pareciam não ter fim, e as noites bem mais tranquilas, mesmo tendo que acordar algumas vezes para te alimentar.

Tal como tu, também andei perdida, de cansaço, de angústia, desesperada, sem saber o que fazer contigo.

Mas aos poucos estás a mudar, e também eu te estou a conhecer melhor.
Já sei porque choras, sei quando tens sono e como te pôr a dormir, sei quando tens fome e quando estás satisfeito, sei o que te assusta ou quando algo te incomoda, e melhor ainda, sei como te acalmar (quase sempre).

Agora sei que me ouves quando falo contigo, porque já me olhas nos olhos e me sorris de volta.

Já gostas de estar no colo sentado a observar o que te rodeia, já te distrais, gostas que falem e brinquem contigo, e já não choras tanto como antes.

Continuas a não gostar muito de ficar sozinho, mas já vai havendo dias em que preferes que te deixe na alcofa com a chucha e com os olhos tapados, adormeces assim e ficas bem mais do que 15 minutos e sem ser preciso "abanar-te" como é habitual.

Já te ris às gargalhadas quando te faço cócegas e macacadas, engasgas-te e ficas com soluços, mas no fim continuas a sorrir para mim como se nada fosse.

Chegas a suspirar quando me vês, pareces querer dizer-me alguma coisa, o teu esforço é em vão, porque da tua boca ainda não saiem palavras, mas o teu amor por mim é transparente, está no teu olhar que brilha quando me olhas...

E o meu amor por ti já é enorme, e quando me parece impossível aumentar, ele cresce ainda mais um pouco. 

Adoro-te bebuchas 

17Jun(17).JPG

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por Patrícia Madeira às 09:21


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