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(qualquer semelhança com outras realidades, é pura coincidência!)
Foi no mesmo dia que passei das maiores vergonhas dos últimos meses...com o Duarte, como era de se esperar!
Fui com os meus filhos a uma loja de chineses comprar-lhes os fatos de Carnaval para levarem ao desfile da escola.
Depois de voltas e reviravoltas a experimentarem os fatos, lá se decidiu o que comprar. Estava já a minha mãe na caixa para pagar, quando dou conta que o Duarte tinha-se agarrado a um objecto um tanto ou quanto comprometedor, era um órgão reprodutor masculino...um pénis insuflavel gigantesco, pronto, está dito!
Respirei fundo, contei até 10, e com a intenção de que ele largasse "a coisa", mas já a prever o que viria a seguir, disse-lhe em voz baixa, mas já a suar de desespero: "Duarte, larga isso! Sabes o que isso é?", ao que ele me responde: "sei, é um pé de uma galinha", e eu: "Duarte, larga isso jáááá!"...e para mal dos meus pecados, desata a correr com aquilo na mão entre os trajes de Carnaval.
Ele a fugir-me com aquilo, todo divertido da vida, e eu, grávida de 8 meses, a morrer de vergonha a correr atrás dele, para lhe tirar a coisa grande e insuflável. Foi um filme de terror. Quando olhei para a minha mãe estava ela a conter-se para não se desmanchar, enquanto o chinês na caixa assistia ao filme todo e se ria às gargalhadas.
Enfim...tão cedo não devo ir a uma loja de chineses com o Duarte...e eu que pensava que eram pessoas sérias!
a ajudar o pai nas escavações:
na apanha da azeitona:
trabalhar dá cá uma fome...
e depois de um dia de tanta canseira, mesmo tendo que fazer uma sessão de aerossol por causa da tosse, não dispensa uns joguinhos (até adormecer):
O Duarte fez 4 anos, parabéns ao meu pinguças!
"oh mãe eu já fiz 4 anos, mas eu não cresci nada, olha para mim..."
"ah, já sei, vou crescer quando estiver a dormir!"
Este ano a festinha foi entre família, gostamos muito.
Não me entendi muito bem com a minha máquina fotográfica, mas enfim, foi bom na mesma.
Muito importante: caiu o dente de cima da M.Inês, e não foi a comer guloseimas na festa, foi no dia anterior...
Também está crescidinha a minha princesa linda!
ao Cinema! Não gostei nada porque o meu pensamento esteve sempre distante e não prestei atenção nenhuma ao filme.
Mais uma vez o Duarte tinha perdido o seu cão de peluche, e mais uma vez eu é que fiquei desolada com o acontecimento.
O que senti foi o mesmo quando o Duarte deixou de usar a chucha...admito, custa-me a aceitar que ele esteja a crescer.
Era tão fofinho quando usava chucha e enrolava o cabelo todo ternurento, era tão fofinho quando andava com o cachorrinho para um lado e para o outro sem o largar nem perder de vista.
Assim que me sentei na sala de cinema dei por falta do cão, o Francisco saíu e foi procurá-lo na loja onde tínhamos feito compras, perguntou às senhoras da loja e nada...confesso que até as lágrimas me vieram aos olhos (e o Duarte na maior).
Saímos do filme, fui eu procurar na loja e nada...demos umas voltas ao centro comercial, fomos jantar e a M.Inês vem com a conversa de que o Duarte devia ter deixado o cão no lugar onde estavam as meias na loja...e lá foi o pai novamente verificar, mas voltou de mãos a abanar.
Ficamos ali mais um bocado a lamentarmos o facto de o termos perdido para sempre, e o Francisco às tantas diz-me para ir eu à loja e perguntar por ele à senhora que estava na caixa, porque não queria estar outra vez a chateá-la, podia ser que entretanto o tivessem encontrado...e lá fui eu, perguntei sem esperança nenhuma e de repente vejo-a a estender o braço por detrás da caixa registadora e lá estava o cão com aquele ar de abandonado. Tinham-no encontrado no lugar das meias!
Graças à lembrança da M.Inês (algo inédito) e à persistência do pai, mais uma vez conseguimos resgatar o cão.
Garanto que não haverá um terceiro abandono deste cachorrinho, até porque nunca mais ele voltará a sair de casa!
Ontem depois da escola o Duarte diz-me todo orgulhoso:
- Mãe já sei fazer chichi em pé!
- ah sim? muito bem, quem te ensinou filho?
- ahh ninguém...aprendi sozinho...eu já sou grande!
(falta a foto, assim que tiver uma decente coloco aqui)
Ontem levámos o Duarte à cabeleireira, estava a correr tudo muito bem, pela primeira vez se sentou sozinho e deixou-se estar sossegadinho, parecia estar a gostar, até que de repente...levou um corte na orelha!
O pai mudou logo de cor, levantou-se e foi ver de perto o estrago, o sangue era muito, mas o Duarte não chorou (o corte foi mais ou menos pequeno).
Eu mantive-me calma, mas por dentro estava a ferver, que raio de cabeleireira corta a orelha a uma criança de 3 anos? E ainda por cima ele mal se mexeu!!! No final não levou nada pelo corte, não tivemos que pagar (pelo menos isso).
Como já referi num post anterior, já é o 3º ano da M.Inês no Jardim de Infância, para ela não há novidades, a não ser os novos coleguinhas que entraram no grupo, mais pequeninos, e que ela adora (só há 1 sala com 19 crianças dos 3 aos 5 anos de idade). Não estranhou nada a escola, já está habituada e para ela é tudo normal.
Agora o Duarte...começou bem, logo no 1º dia foi todo contente, sem comentários a caminho da escola, fez logo amizades assim que lá chegamos e deixei-o ficar sem problema algum, depois veio o fim de semana e nem se lembrou da escola.
2º dia (Segunda-feira):
- "então mãe, não me vestes o bibe para ir para a escola? quando é que vamos? anda lá!" (diz o Duarte)
3º dia (Terça-Feira):
- "vá Duarte, vamos despachar para ir para a escola" (digo eu)
- "ei...outra vez? eu não acho graça!" (diz ele)
Ignorei-o, fingi que não o estava a ouvir, continuei a vesti-lo e a desviar a conversa. Já queria levar o seu cão de peluche (o que não larga por nada) e as cartas dos dinossauros que lhe tinha dado na noite anterior (é doido por dinossauros), foi dificil convencê-lo, mas lá deixou tudo no carro. Ficou bem na escola!
4º dia (Quarta-feira):
Andava de manhã atrás do pai a refilar...
- "agora é sempre escola, sempre escola...mas eu não quero ir mais à escola"
Depois calhou-me a mim ouvi-lo umas 10 vezes a dizer o mesmo, e eu sempre a desviar a conversa. Desta vez não o consegui convencer a deixar o cão para trás e levou-o para a escola. Mas ficou bem, apesar de me ter dado uns quantos beijos à porta da escola agarrado ao meu pescoço e a dizer-me que gostava muito de mim, mas sempre com um sorriso na cara.
5º dia (Quinta-feira):
- "não quero ir mais à escola, não quero ir mais à escola, não quero ir mais à escola..." (já com um tom diferente e mais a inclinar para o choroso)
Pensei logo "é hoje!" e assim foi...vestir-lhe o bibe e enfiá-lo no carro contrariado já foi tarefa mais dificil, depois para o tirar ainda pior...chegámos atrasados 5 minutos, a educadora teve que sair da sala e vir buscá-lo no recreio, só começou a chorar quando ela o agarrou e o puxou para dentro da sala, chorava e gritava pela mãe, e a mãe deixou-o...
Já previa este acontecimento, é normal que hajam crianças que nos primeiros dias até achem graça à novidade, mas depois quando se apercebem que têm que fazer o mesmo todos os dias e a seguir regras...tudo muda de figura...
O Duarte não foi o único que ficou a chorar, hoje estavam lá pelo menos mais 2 ou 3 crianças num pranto que faz doer o coração a qualquer mãe, mas é assim mesmo, temos que ser fortes e suportar a imagem de sofrimento dos nossos meninos. Tudo passa, talvez dure uns dias, umas semanas, mas há-de passar...
Insónias, dores no peito, falta de ar...estou numa crise de ansiedade! Sexta-feira é o dia em que os meus filhotes vão para o Jardim de Infância, vou deixar de tê-los debaixo de olho, e ficar sozinha em casa, abandonada aos bichos (pelo menos até às 15h).
A M.Inês não me preocupa, a escola para ela já não é novidade, é o 3º ano no JI, e está inquieta para rever os seus amiguinhos. O que me está a preocupar é a entrada do Duarte, todos dizem que ele se vai adaptar muito bem, porque é extrovetido, é mais "dado", ainda por cima tem a irmã na mesma sala (só há uma para todas as idades)...mas eu não acredito nisso, eu acho que me vou desmanchar em pedacinhos quando ele se agarrar com toda a força às minhas pernas a chorar como se não houvesse amanhã e a querer vir comigo para casa. Ai o meu pinguças na escolinha, até dói!.
Sou péssima para memorizar nomes, o Duarte então....
- Filho, como é que te chamas?
- Duáte Viegas Madeira
- E a mana?
- Manês Viegas Madeira
- E a mãe e o pai?
- Mãe Viegas Madeira e Pai Viegas Madeira
No dia seguinte:
- Filho, como se chama a mana?
- Maía Inês Viegas Madeira
- Muito bem, e a mãe?
- Patrícia Viegas Madeira
- Muito bem, boa...e o pai?
- Patrício Viegas Madeira