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(qualquer semelhança com outras realidades, é pura coincidência!)
à Feira do Cavalo na Golegã!
Este ano, como todos os outros, não podíamos faltar, e lá fomos nós ver os cavalos, comer castanhas assadas, farturas, cavacas...
Sai cara esta feira, às tantas já ouvia um senhor a dizer a outro "este pai já está tramado, teve que comprar dois pares de botas para os filhos", estava a referir-se ao Francisco, é que os meus filhos felizes da vida, exibiam as suas botas novas compradas na Feira. E mais uma bóina Ribatejana para a colecção do Duarte...
Eu para mim só queria uma colher de pau das grandes para fazer o meu arroz doce, não encontrei, tive que me contentar com um saquinho de tremoços.
Ontem foi o último dia de Feira do Ribatejo, e como tal, a família Madeira teve que lá voltar.
Desta vez correu tudo bem, pelo menos para mim! (não fiquei com dores em lado nenhum).
Já não haviam muitos balões, nem caldo verde ou gelados do Mc Donalds de graça, mas os meus filhotes ainda andaram novamente a cavalo e comeram mais uns salames, e o Duarte apertou mais uns pescoços a codornizes...o que para eles já não foi mau de todo.
Assistimos a um espectáculo com Touros na manga (não sei como se dá o nome certo à coisa), e lá estavam os meus filhos pendurados na cerca a verem o Toiro atrás dos senhores que se metiam com ele. A mãe estava preocupada, claro, o Touro fixava o Duarte e ele só dizia "o Touro está a olhar para mim", mas nada de sair de lá!!! Fiquei algumas vezes com o coração nas mãos (o que já é normal), o rapaz é destemido...mas eu "arrancava" os meus filhos assim que via o Touro a chegar-se perto.
A certa altura o Touro apanhou um dos "senhores" (como dizia a Maria Inês), e deu uma "marradita" que lhe deve ter custado umas boas horas de Hospital, ou talvez ainda lá esteja, coitado, mas também quem é que o mandou ir lá para dentro com o Touro?!
Hoje estava a passar para o meu PC as fotografias que tirei, e dei com esta, fiquei chocada! Por acaso quando tirei a foto não reparei, mas que espécie de mãe deixa os seus filhos tão expostos e sozinhos junto a um Touro? (eu não, como é óbvio)...e atrás das crianças estava uma parede...o que os separa são só uns pausitos que num instante se podem partir com os cornos do Touro, só de imaginar...há crianças com mais juízo!
Dói-me muito admitir isto (e dói-me literalmente), mas nem o Duarte é mais bebé de colo, nem eu estou a caminhar para nova!
A confirmação deu-se ontem, numa ída com a família á Feira do Ribatejo.
Estava tudo a correr dentro da normalidade, para grande contentamento da M.Inês e do Duarte…eram os balões oferecidos, os rebuçados, os folhetos disto e daquilo, os salames de chocolate, os jogos tradicionais, os apertos de pescoço do Duarte ás codornizes, a insistência da M.Inês para ir ao carrocel, ao insuflável, aqui e acolá...a compra de mais umas bóinas ribatejanas, os cavalos, as vacas, as cabras, as galinhas…
Até que, como também já é habitual, o Duarte manifestou-se: “mãe estou canchado”, repetia ele insistentemente e agarrado á minha perna que nem uma lapa.
A TVI estava lá em directo, e nós a assistirmos ao espectáculo…de facto, até pode ter sido filmado o momento em que uma mãe, com todas as suas boas intenções, pegou ao colo o seu lindo filho (de 18 quilos) e dançou com ele, durante largos minutos, alegremente ao som de uma música pimba, bem animada e engraçada.
Mas o que não teve muito graça foi o que veio a seguir, quando coloquei o Duarte no chão e comecei a sentir uma dor infernal no fundo das costas. Para mim, o dia tinha acabado ali, mas ainda tive que aguentar mais um bocadinho, e mudar a fralda ao Duarte na relva (sim, ele ainda usa fralda, mas isso dava outra série), foi tarefa dolorosa de suportar!
E ao fim de mais uns quantos “ai dói-me tanto”, lá fomos nós embora. Levar os quatro balões dos meus filhos e o saquinho de tremoços até ao carro foi um peso brutal e doloroso de carregar. E já em casa, a noite parecia não ter fim, depois de um duche bem quente, umas massagens com Picalm, uns comprimidos Adalgur, e um saco de água quente lá no sítio, nada me acalmava. Não tive posição possível que me fizesse sentir confortável com a maldita dor. E hoje continuam os "ais"...
A próxima vez que o Duarte me disser “estou canchado”, vou fingir que nem ouvi, os cavalos que carreguem com ele!