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(qualquer semelhança com outras realidades, é pura coincidência!)
De há uns anos para cá, mais propriamente desde que a M.Inês entrou para o Jardim de Infância, o Dia da Mãe e o Dia do Pai são dias criticos, pelo menos no ano passado foi para mim (e não quero falar sobre isso), e este ano foi para o pai (é disso que vou falar).
Os miúdos fazem trabalhos lindos...desenhos, pinturas, colagens, uma ternura mesmo (esta é a parte boa), até aqui tudo bem...
Depois há a parte menos boa...quando no desenho há um espaço em que a educadora escreve o que os filhos dizem sobre os pais, e isso é que dói, bem lá no fundo!
Sabe-se à partida que as crianças dizem as verdades, doa a quem doer, são implacáveis...e quando o pai leu ontem no trabalho da M.Inês "As coisas que faço com o meu Pai"..."foi aos arames"! É a vida! Calha a todos!
Vou transcrever: "O meu pai nunca brinca comigo porque ele tem muito trabalho para fazer. O meu pai às vezes dá-me banho. O pai não me leva a passear. Gostava que ele brincasse comigo."
É duro sim, mas ela lá sente e sabe o que diz, embora depois a tenha questionado e ela ter dito "mas eu não disse isso, eu disse que o pai me levava a passear só aos Domingos" (Domingo é o único dia que o pai não trabalha).
O trabalho do Duarte dizia: "brinca comigo a jogar. Dá-me banho. O pai não me conta histórias. O pai deita-me."
Cai um balde de água fria em cima das nossas cabeças e começamos a ver as coisas de outra maneira, a realidade enfim...
Conclusão: o pai chegou a casa e fartou-se de brincar e contar histórias aos filhos até cair para o lado de cansaço! Veremos se dura até ao próximo Dia do Pai (o dia do julgamento final).