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(qualquer semelhança com outras realidades, é pura coincidência!)
...Inventa-se!
Vou revelar uma das coisas que andei a fazer, não devia, se calhar fica-me mal, mas enfim, acho que os meus filhos devem saber um dia mais tarde que a mãe chegou a costurar por eles. Sim, sim, a costurar! Algo impensável, porque nunca tive jeito para isso, nunca me dei ao trabalho e porque não gosto nada. Já a minha mãe nunca foi chegada à costura, deve ser hereditário...
A roupa que os meus filhos levam para a escola é normalmente a mais prática, e aquela que está bem velhinha e usada, a meu ver, é a melhor opção, visto que lá não andam propriamente a desfilar na passerelle, pelo contrário, andam a gatinhar e a rastejar pelo chão.
Com a mudança do tempo, precisava de umas calças de fato de treino para o Duarte levar para a escola, que não fossem novas, e como ainda não faz muito frio, também não podiam ser muito quentes. Tinha estas guardadas no armário, que já tinham sido da M.Inês, mas estavam rotas...então o que é que eu pensei? Vou arranjá-las! Podia ter levado à costureira e pedir-lhe que fizesse um remendo, mas precisava delas para ontem...e ainda se fossem umas calças novas teria mais valido a pena...
Procurei então pela casa qualquer coisa para tapar os buracos, e tive a ideia (não muito genial, mas desenrascada) de cortar o desenho de umas collants velhas e sem utilidade que tinham sido da M.Inês, e que o Duarte também chegou a usar (eu uso e abuso da roupa até não dar mesmo mais para usar). Remendei aquilo, não foi tarefa muito fácil (já percebi para que serve o dedal), demorei mais do que eu imaginava, mas tempo também é o que não me falta. O resultado não foi perfeito, não ficou muito giro, pode até ter ficado um bocado para o foleiro, mas o que importa é que as calças ficaram sem os buracos, e servem perfeitamente para a escola.
Se há coisa que me deixa possessa são as nódoas!
É que fico mesmo fora de mim, é um triller que ninguém quer assistir. Segurem-me que não me responsabilizo pelos meus actos!
Costuma-se dizer "no melhor pano cai a nódoa", e não é que cai mesmo? Literalmente!
Temos um jantar cá em casa entre amigos ou familiares, uma toalha linda e limpinha na mesa, com ar tão angelical...e de repente, o meu maior medo torna-se um pesadelo...a minha vontade é acabar logo ali com a refeição e ir lavar a toalha.
Já houve quem se tivesse sentido marterizado com a minha reacção ao entornar vinho tinto sobre a toalha, ao ponto de me oferecer uma nova. Eu agradeci, mas as nódoas ainda se notam e isso tira-me o sono.
Depois há também o drama das nódoas de chocolate, de sumo, de morangos, ou de qualquer outra fruta, na roupa dos meus filhos, são nódoas dificeis de eliminar, quase impossíveis, e surgem sempre nas roupas novas, o que torna a cena ainda mais assustadora. E geralmente estas nódoas são causadas pela falta de zelo de terceiras pessoas (que não eu, como é óbvio).
Há pessoas que têm dias certos da semana para se entregarem de corpo e alma a uma determinada tarefa doméstica (respeito!).
Eu não! Por exemplo, eu só passo a ferro quando estou bastante chateada, ajuda-me a descontrair, ou quando preciso de reflectir profundamente sobre seja o que fôr...
Só em duas ocasiões me surgem as melhores ideias, quando me deito para dormir e raramente adormeço, ou quando passo a roupa a ferro.
Mas como sou de evitar chatices mesmo á séria, geralmente é quando o "montinho" de roupa atinge proporções gigantescas, assim tipo Monte Evarest, é que me chego perto da tábua de passar, e fico sempre com um enorme calo na mão, prova do meu esforço e dedicação!